terça-feira, 28 de junho de 2016

DANÇA

História da Dança

Na história da dança, pode-se verificar que ela é uma das maneiras encontradas pelo ser humano de expressar sua arte e movimentos e ainda é essencial para a contribuição na história da arte. Ainda na Pré História, a dança e a música eram usadas para representar situações e muitas delas ficaram registradas nas paredes de cavernas rupestres.
A dança já era executada durante o antigo Egito, por meio da dança do ventre, para homenagear deuses e na Ásia ela tinha cunho religioso. Além disso, poderia significar a cura, a morte ou o nascimento de uma pessoa.
Na Grécia Antiga, a dança ainda podia representar algo muito importante na educação e no culto de algumas religiões. O teatro nessa época também passou a contar com cenas onde os atores dançavam durante os atos. Surgiram também as sátiras e comédias gregas. Quando o território grego foi tomado pelos romanos, suas danças também passaram a influenciar esse povo.
Na Idade Média, a influência da Igreja Católica proibiu algumas danças que continham coreografias que infringiam as diretrizes católicas. Durante o século XIV, predominavam as danças religiosas feitas pelos artesãos. Nas festas em família, essa expressão artística era muito usada pelas pessoas.
O Rei Luís XIV incentivou o balé na França e deu apoio para manifestações culturais. No início dos anos 1900, a dança contemporânea começou a ser inserida nos salões e escolas de dança. Atualmente, não existe apenas um estilo crescendo sozinho, ele acaba sofrendo influência ritmos como o rock e o jazz. Além disso, existe a influência das danças típicas no cotidiano de milhões de pessoas no mundo que expressam sua cultura por meio da dança.

Benefícios da Dança para o Corpo

Flexibilidade
Para praticar a dança, é importante muita flexibilidade. Por esse motivo, a pessoa deve realizar uma boa série de alongamentos antes de começar a praticar. Durante a própria dança, é exigido do dançarino que ele busque trabalhar o extremo de cada músculo de seu corpo e como isso pode causar dores musculares, o importante é estar preparado.
Força
Quando a pessoa dança, ela está forçando seu corpo para que ele resista ao peso corporal. Os saltos de alguns tipos de dança exigem o uso de muita força.
Resistência
Para quem pretende praticar a dança é importante acostumar o seu músculo com a série de exercícios feitas durante a coreografia. Com o corpo cada vez mais adaptado a prática de dança, você sentirá menos dores e desconforto muscular.
Bem-Estar
Com a dança, as pessoas podem criar um convívio com as pessoas e estabelecer contatos. A sensação de bem-estar é adquirida com as conversas e a convivência com outras pessoas que compartilham a pratica. Dançar acima de tudo te ajuda a manter uma vida saudável e feliz.

Dança Clássica

Balé

O balé surgiu na corte italiana durante a Renascença no século XV. Depois a dança passou a ser executada em países como França, Rússia e Inglaterra ao som de músicas clássicas. O destaque fica para a França, pois o rei Luís XIV influenciou a prática do balé e a língua francesa é usada para denominar diversos passos da dança. No início da Primeira Guerra Mundial, essa dança passou a ser mais praticada na Europa Ocidental através de uma companhia russa chamada Ballets Russes.
É uma dança que exige bastante prática e é ensinada em escolas específicas instaladas em diversos países. As principais exigências do balé são os movimentos dos membros superiores, leveza, harmonia, a postura ereta e a simetria dos bailarinos.
Balé Clássico: É uma das vertentes dessa dança e a que mais utiliza as técnicas mais tradicionais do balé. É um gênero que surgiu em países como França, Dinamarca e Rússia.
Balé Neoclássico: É um balé bem parecido com o clássico, mas possui menos rigidez em seus passos. É mais estruturada e teve como precursor o balé Apollo, em 1928.
Balé Contemporâneo: É a mistura da dança contemporânea com o balé clássico. Utiliza movimentos distintos dos que são usados no balé clássico. O precursor desse gênero é George Balanchine.

Valsa

A valsa é uma dança que surgiu nas regiões da Alemanha e da Áustria no início do século XIX e a palavra significa 'dar voltas'/'girar'/'deslizar'. Buscou referências em danças como o laendler e o minueto. Primeiramente, ela era conhecida como uma dança vulgar e depois foi transformada em algo nobre e das altas classes. Entrou de vez nas altas sociedades após uma festa dos nobres na Áustria, na cidade de Viena, em 1776.
Surgiram partes diversificadas da dança como a valsa vienense, a valsa original, peruana e a inglesa. Como os pares dançam muito próximos, ela era chamada de proibida, mas, atualmente, as valsas são mais praticadas em festas de casamentos, formaturas e aniversários de debutantes.

Dança Moderna

A dança moderna começou no século XX e surgiu como forma de expressar o sentimento das pessoas que queriam desvincular-se das danças clássicas. Esse tipo de dança busca trabalhar com movimentos parecidos com o cotidiano da vida contemporânea. Os principais nomes da dança moderna foram Émile Jaques-Dalcroze, François Delsarte, Isadora Duncan, Ruth St. Denis e Rudolf von Laban.
Émile Jaques-Dalcroze criou um sistema chamado eurritmia em que os movimentos corporais eram transformados em uma espécie de ginástica. Nesse estilo de dança, o dançarino tem a opção de se expressar de uma maneira mais livre e atual. Trabalha com o ritmo, dinamismo, movimentos inspirados na natureza e espontaneidade.
No Brasil, a dança moderna começou a ser mais divulgada após a Segunda Guerra Mundial quando os artistas abandonaram o estilo mais clássico e propuseram novas formas. As cidades mais influenciadas por esse estilo foram São Paulo e Rio de Janeiro.

Dança de Rua

Conhecida também como street dance, a dança de rua é um estilo que conta com movimentos com o corpo e expressões faciais. Surgiu nos Estados Unidos, em 1929, durante uma das maiores crises econômicas do mundo. As performances eram realizadas pelos trabalhadores que ficaram desempregados após a crise.
Muitas vezes associada aos negros, a dança de rua está ligada a outras manifestações culturais como a pintura, grafite e a forma de se vestir. Posteriormente, surgiu uma nova vertente que recebeu o nome de Hip-Hop, mais realizado nas ruas. Já o Street Dance originou-se das escolas de dança.

Danças Brasileiras

O Reisado

Dança popular que ocorre entre a véspera de natal e o dia seis de janeiro, Dia de Reis. Também chamada de folia de Reis, essa dança envolve cantores e músicos que vão até as casas para anunciar a chegada de um Messias. As pessoas que participam possuem diversos personagens e são acompanhados por instrumentos como o violão, a sanfona, o triângulo e a zabumba

Maracatu

O surgimento do maracatu causa controvérsias; porém, acredita-se que ele surgiu por volta de 1700, trazido pelos portugueses ao Brasil. A dança tinha partes com coreografias e teatro e era acompanhada por músicos e dançarinos. Esses vestiam roupas que remetiam a realeza (porta-estandarte, rei, rainha, príncipes, duquesas e duques, etc.). Posteriormente, o maracatu passou a ser realizado durante o Carnaval. Além disso, a dança tem a participação de instrumentos como zabumba e ganzas.

Pau-da-bandeira

Dança realizada principalmente na região nordeste que acontece principalmente durante o dia de Santo Antônio. Um tronco é escolhido e carregado pelos homens da cidade. Como manda a tradição, as mulheres que desejam casar devem tocar esse tronco.

Maneiro-Pau

Dança com maior influência no estado do Ceará, Maneiro-Pau conta com dançarinos que realizam os passos em rodas e com pedaços de pau nas mãos. Esses pedaços são batidos no chão formando o ritmo da dança. Durante toda a coreografia, alguns participantes duelam enquanto outros batem no chão.

Caninha Verde

Dança portuguesa que foi inserida no país durante o Ciclo do Açúcar. Também foi praticada em colônias de pescadores, festas de casamento e cordões.

Bumba meu Boi

Um dos símbolos folclóricos do Brasil, o Bumba meu Boi mescla dança, música e teatro. Além disso, é praticado nas mais variadas regiões do país. Os personagens cantam e dançam para contar a história de um boi que morreu e ressuscitou após ter sua língua cortada para satisfazer os desejos de uma mulher grávida.

Frevo

O frevo, dança típica do estado do Pernambuco, surgiu por volta de 1910 e atualmente é uma das vertentes do Carnaval no Brasil. A música tocada durante a festa não possui letra e uma banda toca para embalar os foliões. Conta com diversos passos de danças com malabarismos, passos elaborados, rodopios e saltos. Além disso, o dançarino tem a possibilidade de improvisar à medida que a dança evolui.

Fandango

Essa dança chegou à região sul do Brasil por volta de 1750 e foi trazida por portugueses. Os dançarinos recebiam o nome de folgadores e folgadeiras dançavam em festas executando diversos passos. Atualmente, permanece preservado na região com passos, música e canto. Os instrumentos mais usados são as violas, a rabeca, o acordeão e o pandeiro. Os dançarinos vestem roupas típicas da região e rodam próximo ao seu par, mas sem se tocar. Eles se movimentam para atrair a atenção do outro e os homens sapateiam de forma contínua. A dança contém traços de valsas e bailes e forte presença de sensualidade.

Carimbó

Enquanto os homens vestem camisas e calças lisas, as mulheres utilizam blusas com ombros à mostra e saias rodadas. Os casais ficam em fileiras e o homem se aproxima de seu par batendo palmas. Segue-se passos de volteio e as mulheres também jogam um lenço no chão para que seu parceiro possa pegar como forma de respeito.

Samba

O samba chegou junto com os negros ao Brasil e primeiramente era dançado apenas nas senzalas pelos escravos. Os primeiros estados brasileiros a difundirem esse ritmo foram o Rio de Janeiro, a Bahia e o Maranhão. A dança tinha sons de percussão e batidas com os pés. Já o samba de roda surgiu na África e também veio para o Brasil através dos escravos. O samba de roda é praticado em círculos e as pessoas têm a liberdade nos movimentos. Pode ser visto principalmente em estados como Rio de Janeiro e Bahia.

Dança Folclóricas

As danças folclóricas são uma forma de desenvolver essa expressão artística com base em tradições e costumes de um povo. Elas podem ser executadas de várias formas com pares ou em grupos e a forma original de dançar e cantar permanece praticamente a mesma. Em diversos países, a dança folclórica é a expressão daquele povo.
No país, as danças folclóricas sofreram influências das tradições dos estados, dos povos africanos e europeus. Dessa forma, dependendo do estado, as danças podem ser mais influenciadas pelos africanos, indígenas ou europeus. Além disso, a Igreja Católica também ajudou no surgimento de personagens e contos da história brasileira. Uma das principais características das danças folclóricas do país são as músicas simples e os personagens chamativos.

Danças de Salão

As danças de salão surgiram entre os nobres da Europa e principalmente com o surgimento da dança realizada com casais. Quando os europeus foram colonizar as Américas, eles levaram as danças em locais fechados para essas localidades. Foram nesses países que surgiram os tipos mais comuns de dança de salão como gafieira, tango, salsa, bolero e maxixe.

Forró

O nome forró deriva da palavra 'forrobodó' e já era dançada ainda no século XIX nas cidades nordestinas. Sofreu grande influência dos africanos e europeus. É uma dança típica realizada entre casais que executam várias evoluções durante os passos. Na década de 80, surgiu um tipo de forró que utilizava instrumentos musicais eletrônicos e atraíram um público mais diversificado para esse estilo.
Um dos passos mais básicos do forró, é o que o homem abraça sua parceira colocando uma de suas mãos na cintura dela e segurando a outra mão um pouco acima da cintura dos dois. Enquanto isso, a mão dela se posiciona nas costas do parceiro e seu rosto também se aproxima. Posteriormente, são dados dois passos com o pé esquerdo para o lado esquerdo e depois repetir o gesto para o lado direito. O casal deve girar pelo salão repetindo esses passos.

Samba de Gafieira

Essa dança é uma herança do maxixe e começou a ser praticada a partir do século XX. O nome vem da palavra francesa 'gaffe' (gafe). É sempre o homem que conduz a mulher e ele executa gestos de proteção, ritmo e elegância. É acompanhada por instrumentos como o violão, o cavaquinho, percussão, choro e clarineta.

Maxixe

Dança de salão que surgiu com os negros no Brasil durante o século XIX. Foi uma das primeiras danças realizadas nas cidades do país. Inicialmente, foi criticada pela igreja, pela polícia e pelas famílias devido à forma sensual com que era executada pelas pessoas. É conhecido como o tango brasileiro.

Merengue

Essa é uma dança que surgiu na República Dominicana e também criou raízes em países como Porto Rico, Haiti, Venezuela e Colômbia. Utiliza instrumentos musicais como os saxofones, acordeão, trompeta e teclado. Praticada por casais, a dança conta com passos rápidos e simples. Ou seja, um dos pés marca o tempo da dança e o outro segue a coreografia. Já os membros superiores não se movimentam muito deixando o ritmo apenas para as pernas e os pés.

Salsa

A salsa é uma dança que surgiu em Cuba e fez sucesso após outras danças latinas como o Cha Cha Cha, a Rumba e o Mambo. Porém, essa dança ganhou mais notoriedade por meio das obras dos porto-riquenhos Irmãos Lebron. Por onde passou, a salsa foi agregando valores de países como Venezuela, Brasil, Colômbia, Venezuela, Estados Unidos e República Dominicana. Dançada em pares, ela usa as batidas do ritmo da salsa e muitos rodopios. É uma dança sensual que permite que os bailarinos abusem da movimentação do corpo.

Bolero

Esse tipo de dança surgiu na Europa e chegou a Cuba ainda no século XIX. A base desse ritmo é o dois pra lá, dois pra cá; porém, ocorrem também os giros, as caminhadas e evoluções durante o bolero. O nome da dança é explicado por causa dos vestidos usados por algumas bailarinas. As peças continham bolas (chamadas de boleiras).

Cha-cha-cha

É uma dança que surgiu em Cuba, durante os anos 50 e pode ser dançada em pares ou por qualquer pessoa. É um tipo de dança de salão dinâmica e divertida. Conta com três passos rápidos, chamados de chassé, e outros dois mais lentos. Quando os dançarinos executavam os passos mais rápidos, o som ouvido era parecido com cha, cha,cha, por isso o nome dessa dança. O casal não precisa ficar tão próximo durante a execução e a mulher coloca a mão sobre o ombro do seu parceiro enquanto ele realiza o mesmo procedimento. O pé deve permanecer sempre em contato com o chão e o peso da pessoa vai sendo direcionado para cada um deles.

Rumba

É uma das danças de salão com estilo mais lento, surgiu por meio dos ritmos africanos e chegou a Cuba após a chegada dos espanhóis. E, em 1925, foi banida do país, pois foi considerada inapropriada para os costumes da época. Entretanto, a rumba conseguiu sobreviver a todas as objeções.
Os passos são simples e a mulher utiliza a coreografia para seduzir o homem. Eles estabelecem um jogo na pista de dança. São movimentos agressivos, insistentes e românticos. Além disso, há um extenso trabalho com os pés e a utilização de instrumentos musicais como tambores, percussão e maracas.

Tango Argentino

tango surgiu nos bairros mais humildes da Argentina e se tornou uma das danças mais admiradas no mundo. Assim como a valsa, o casal de dançarinos dançam bem próximos e pode-se improvisar mais do que as outras modalidades. Apesar do surgimento no país portenho, o tango argentino sofreu influências de países como Itália, França e Espanha. Uma das origens é que a dança e a música do tango estão ligadas aos homens argentinos, que faziam filas nos bordéis e, para que não ficassem esperando tanto, os donos desses estabelecimentos contratavam músicos de tango.
No início do século XX, a dança chegou a Europa. Atualmente, a dança é dividida de três formas: o estiloargentino, o americano e o internacional. O ombro esquerdo conduz o casal que deve manter seu corpo inclinado. São basicamente oito passos principais que são realizados com movimentos cheios de intensidade e dramaticidade. Os dançarinos devem manter a proximidade e o olhar intenso.

Zouk

O zouk surgiu nos países caribenhos durante as décadas de 60 e 70. A palavra significa festa e é dançada analisando o tempo da música. No Brasil, o zouk contém mais giros e movimentos com os membros superiores.

Soltinho

O soltinho é comparado a danças que surgiram nos Estados Unidos, mas ele possui passos básicos tanto para a direita como para a esquerda. Além disso, não há uma música específica para ele e sim canções que se encaixam perfeitamente para dançar soltinho. No Brasil, começou a ser mais praticado a partir da década de 80.

ESPORTES ADAPTADOS


Breve Histórico do Esporte Adaptado

Segundo Reis (apud ARAÚJO, 1998), o advento do esporte adaptado se deu logo após a I Guerra Mundial, devido à necessidade de reinserção na sociedade de pessoas deficientes, em sua grande maioria, vítimas da guerra. Em 1944, o Sir Ludwig Guttamann, neurologista e neurocirurgião alemão acreditava que o esporte possuía a fórmula para motivar e diminuir o tédio da vida desocupada de um deficiente físico, mas acabou descobrindo muito mais. Fez com que o mundo se organizasse, mostrando que todas as pessoas com algum tipo de deficiência poderiam praticar atividades físicas e esportivas (ROSADAS, 1989). A intenção do médico era a de introduzir a atividade esportiva como incentivo à reabilitação dos deficientes. Os resultados foram positivos e a atividade física adaptada logo evoluiu para um nível de competição. Assim, em 1948 foram realizados os primeiros jogos para deficientes, evento paralelo às olimpíadas que eram realizadas em Londres.

Em 1952 foi criado o Comitê Internacional dos Jogos de Stoke Mandeville, vindo posteriormente a se tornar a Federação Internacional de Esportes em Cadeira de Rodas de Stoke Mandeville (ISMWSF). Atualmente, esta entidade é a responsável pela organização e realização de eventos mundiais direcionados aos atletas cadeirantes. No ano de 1960, foram realizadas as primeiras paraolimpíadas, com a participação de 23 países e 400 atletas portadores de deficiência.  (BRAZUNA e CASTRO, 2002). Em 1989, foi fundado o Comitê Paraolímpico Internacional (IPC) na Alemanha. Atualmente o IPC é a única entidade internacional responsável pela organização e realização de eventos esportivos que envolvam mais de uma deficiência.
Em estudo de Levandoski & Cardoso (2007) com atletas de basquetebol em cadeira de rodas da cidade de Florianópolis, os autores relatam de que neste grupo os atletas em sua maioria são portadores de poliomielite, e que estes atletas, quando comparados aos lesionados medulares e amputados, apresentam mais dificuldade na busca de atividades esportivas, para inclusão social, amenização de problemas de saúde ou manutenção física. Ainda, consideraram que esta resposta pode ser explicada, pelo fato de que os lesionados medulares e amputados já praticavam atividades física antes do acometimento do trauma, e ainda teriam maior facilidade no acesso de informação e ao retorno de prática dos exercícios físicos devido ao maior nível escolar. Segundo Ravache (2006, p. 59): “a escolha de uma modalidade esportiva pode depender em grande parte das oportunidades que são oferecidas aos portadores de deficiência física, da sua condição sócioeconômica, das suas limitações e potencialidades, da suas preferências esportivas, facilidade nos meios de locomoção e transporte, de materiais e locais adequados, do estímulo  e respaldo familiar, de profissionais preparados para atendê-los, dentre outros fatores.” Assim, nota-se um conjunto de fatores dos quais depende a inclusão do deficiente no universo esportivo. São necessários então, diversos esforços do poder público e da iniciativa privada para que haja a possibilidade de inclusão e desenvolvimento do deficiente físico no universo esportivo. De acordo com Araújo (1998), em países de primeiro mundo, os atletas deficientes conseguem reconhecimento internacional no esporte adaptado em um curto espaço de tempo. Percebemos que as técnicas utilizadas, as rotinas de treinamento e a infra-estrutura, fazem com que os atletas consigam atingir altos níveis de rendimento. No Brasil a história é um pouco diferente. Atualmente, vemos iniciar um trabalho com apoio do governo federal através de suas políticas públicas, como o projeto “Paraolímpicos do Futuro”. Na última edição dos jogos Para- Panamericanos no Rio de Janeiro no ano de 2007, pôde-se observar que através dos resultados obtidos pelos atletas brasileiros, fortalecendo e apoiando na divulgação de mais oportunidades para incentivar o esporte para pessoas portadoras de necessidades especiais, desde os primeiros anos escolares.

O Esporte Adaptado no Brasil
No Brasil, o esporte para pessoas com deficiência teve seu início com o atleta Sérgio Seraphin del Grande, portador de paraplegia. Este atleta, após uma experiência vivida nos Estados Unidos, onde fora realizar um  tratamento de reabilitação. Em 1958 foi o responsável pela fundação da primeira instituição do gênero no Brasil, o Clube dos Paraplégicos de São Paulo (CPSP).Conforme Severino Neto (2006), Sérgio Seraphim Del Grande pode ser considerado, como um dos maiores nomes do esporte paraolímpico brasileiro. Outro exemplo a ser citado é o do atleta Robson Sampaio de Almeida, que no mesmo ano de 1958, fundou o “Clube do Otimismo” também voltado para a prática do basquetebol sobre rodas. Em 1959, o CPSP e o Clube do Otimismo realizaram o Primeiro jogo de basquetebol em cadeira de rodas entre equipes brasileiras. A partir de então, o foi crescendo no país, porém lentamente e em locais isolados, direcionado aos grandes centros, fato que se observa até hoje em dia.. Segundo Severino Neto (2006), a Lei AGNELO/PIVA, como é conhecida a lei n.º 10.264/01, representa o grande diferencial da história paraolímpica brasileira. Ela tem assegurado a condição fundamental de trabalho, permitindo a formulação e o  desenvolvimento de um planejamento estratégico que está contribuindo, de forma incontestável, para sua consolidação e expansão em todo o país. Ainda assim, observando-se a evolução do desporto adaptado no Brasil pode se inferir que o crescimento quantitativo é limitado.
Poucos são os investimentos realizados no intuito de incentivar o esporte adaptado, podendo-se perceber poucas iniciativas, principalmente do setor privado para a atividade.

O Esporte Adaptado como fator de Inclusão e Qualidade de Vida

Em estudos realizados por Wheeler, Steadward, Legg, Hutzler, Campbell e Johnson em 1999, em relação à iniciação ao esporte adaptado, buscaram descobrir quais os aspectos de incentivo eram mais importantes para o ingresso nos esportes para portadores de deficiências, utilizando-se de quatro categorias, sendo: reabilitação, oportunidade social, recrutamento e continuidade no esporte(BRAZUNA & CASTRO, 2006). Segundo Levandoski & Cardoso (2007), praticar uma atividade física com o objetivo inclusão social, além de amenizar alguns dos problemas de saúde, são estratégias que proporcionam ao indivíduo, uma tentativa de superação das barreiras ocorridas pelos acidentes físicos.
De acordo com a literatura, os estudos apontam dados relatando os aspectos da reabilitação e a oportunidade de inclusão social, ilustrando vários exemplos de pessoas que, através de grandes esforços, através do esporte, conseguem superar a deficiência e o preconceito. Entretanto, são necessários incentivos para que esses indivíduos iniciem alguma atividade esportiva, como meio de inclusão e qualidade de vida, nesse caso, o esporte, sem dúvida, é uma grande saída (SENATORE, 2007).


ATIVIDADE -  2 ANO - ENSINO MÉDIO
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 Responda as questões abaixo:
1) Qual a relação entre o  esporte adaptado e a melhoria da qualidade de vida das pessoas portadoras de necessidades especiais.
2) Como surgiu o esporte adaptado?
3) O que é o IPC?
4) O que é a lei AGNELO PIVA?
5) Quais os benefícios do esporte adaptado como fator de inclusão e melhoria da qualidade de vida.

ATIVIDADE 3 ANO - ENSINO MÉDIO

quarta-feira, 18 de março de 2015

A HISTÓRIA DA MARATONA


No ano de 490 a.C., quando os soldados atenienses partiram para a planície de Marathónas para combater os
persas na Primeira Guerra Médica, suas mulheres ficaram ansiosas pelo resultado. Isso porque os inimigos haviam jurado que, depois da batalha, marchariam sobre Atenas, violariam suas mulheres e sacrificariam seus filhos.
Diante dessa ameaça, os gregos deram uma ordem expressa às suas esposas. Se não recebessem a  notícia de sua vitória em 24 horas, deveriam matar seus filhos e, em seguida, praticarem o suicídio.
Os gregos ganharam a batalha mas a luta levou mais tempo do que tinham previsto, levando-os a pensar que as mulheres poderiam executar o que fora combinado. Para evitar a tragédia, o general grego Milcíades ordenou a seu melhor corredor, o soldado e atleta Filípedes, que corresse até Atenas, situada a cerca de 42 Km dali, para levar a notícia. Filípides correu essa distância tão rapidamente que, ao chegar, conseguiu dizer apenas “vencemos”, e caiu morto pelo esforço.
No entanto, Heródoto conta que, na realidade, Filípides foi enviado antes da batalha a Esparta e outras cidades gregas para pedir ajuda, e que tivera de correr duzentos e quarenta quilômetros em dois dias, voltando à batalha com os reforços necessários para vencer os persas. Seja como for, cerca de 2.400 anos mais tarde, em 1896, nos primeiros Jogos Olímpicos da era moderna, Filípides foi homenageado com a criação dessa prova cuja distância era de 40 km, mas que desde 1908 está estipulada em 42,195 km”.

Fonte – turismonagrecia.blogspot.com

EDUCAÇÃO FÍSICA NA PRÉ-HISTÓRIA


As atividades humanas durante o período da pré-história dependia do movimento, do ato físico. O homem dependia de força, velocidade e resistência para sobreviver.
A situação de nomadismo fazia com que realizassem grandes caminhadas nas quais eram obrigados a lutar, correr, saltar e nadar.

Uma característica especial os distinguia dos outros animais: eram capazes de segurar objetos, provavelmente por ser o único que possuía o polegar.

No começo, ainda absolutamente nômades, a caça e a pesca eram a base da sua economia. Posteriormente, iniciaram-se num processo de sedentarização, quando começaram a dominar técnicas rudimentares de agricultura e domesticação de animais. Em qualquer desses momentos, foi necessário o aprimoramento das habilidades físicas para a otimização de gestos e a construção de ferramentas que possibilitassem maior sucesso nas práticas de sobrevivência.

Na medida em que o homem entra num estágio definitivo de sedentarização, seu espaço ocioso aumenta, levando ao surgimento de uma concepção esportiva, para as atividades que, até então, eram praticadas apenas por razões utilitárias, guerreiras ou ritualísticas. Cada vez mais, os jogos implicavam criar uma ordem moral e social. A sociabilidade inerente às atividades lúdicas levava ao aparecimento de uma hierarquia de valores ético-sociais, e tanto os vencedores como os vencidos deveriam aceitar os resultados com esportividade.

A partir do instante em que o homem se sedentarizou, podemos registrar o início da luta pela posse de terras. É evidente que a fixação ao solo não se deu ao mesmo tempo e em todos os lugares. Fácil será deduzir o que acontecia quando hordas nômades encontravam, em suas peregrinações, os grupos sedentários. Os primeiros embates marcaram a vitória dos agressores, pois estes possuíam maior vigor físico devido a sua atividade física mais intensa. Aqueles que já plantavam e criavam, ao instalar novos núcleos tratavam, agora, de aproveitar seus momentos de ócio num treinamento visando o sucesso diante de novos e possíveis ataques.

Fonte: O QUE É EDUCAÇÃO FÍSICA - Vitor Marinho de Oliveira - Editoria Brasiliense 2004.